A ecologia política nas ações dos movimentos socioterritoriais no Brasil: resistências contra os agrotóxicos e na defesa da agroecologia

Contenido principal del artículo

Joana Tereza Vaz de Moura
Leandro Vieira Cavalcante
Bernardo Mançano Fernandes

Resumen

Considerando a consecução de um modelo de desenvolvimento no campo brasileiro baseado na exploração dos bens naturais mediante expansão do agronegócio, o artigo busca compreender as ações de resistência dos movimentos socioterritoriais na defesa da agroecologia e contra o uso de agrotóxicos. Adotou-se como referencial teórico a perspectiva da ecologia política, contribuindo para evidenciar práticas e narrativas insurgentes e emancipatórias. As informações foram coletadas pelo banco de dados da Rede DATALUTA, as quais versam sobre as ações dos movimentos socioterritoriais veiculadas em portais de notícias entre os anos de 2020 e 2021. A partir da análise dessas notícias, evidenciou-se experiências que se articulam na luta contra os agrotóxicos e na resistência produtiva em defesa da agroecologia, por exemplo, fortalecendo a ecologia política da resistência no espaço rural brasileiro.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Detalles del artículo

Cómo citar
Moura, J. T. V. de, Cavalcante, L. V., & Fernandes, B. M. (2023). A ecologia política nas ações dos movimentos socioterritoriais no Brasil: resistências contra os agrotóxicos e na defesa da agroecologia: . Mundo Agrario, 24(55), e206. https://doi.org/10.24215/15155994e206
Sección
Artículos

Citas

Acselrad, H. (2010). Ambientalização das lutas sociais - o caso do movimento por justiça ambiental. São Paulo. Estudos Avançados, 24(68), 103-119. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-40142010000100010

Alimonda, H. (2017). En clave de sur: la Ecología Política Latinoamericana y el pensamiento crítico. En H. Alimonda, C. Toro Pérez y F. Martin (Orgs.), Ecología política latinoamericana: pensamiento crítico, diferencia latinoamericana y rearticulación epistémica (pp. 33-49). Buenos Aires: CLACSO.

Alimonda, H. (Coord.). (2011). La naturaleza colonizada. Ecologia política e minería en América Latina. Buenos Aires: CLACSO.

Após colheita coletiva, feijão orgânico do MST chega a famílias carentes no Paraná (27 de enero de 2021a). Brasil de Fato. https://www.brasildefato.com.br/2021/01/27/apos-colheita-coletiva-feijao-organico-do-mst-chega-a-familias-carentes-no-parana

Após ter lavoura destruída, MST inaugura Centro de Produção Agroecológica no local (5 de julio de 2020a). Brasil de Fato. https://www.brasildefato.com.br/2020/07/05/apos-ter-lavoura-destruida-mst-inaugura-centro-de-producao-agroecologica-no-local

Batista, Â. F. (2014). Consciência de Classe e Territorialidade: Análise das Políticas de Formação da Via Campesina Sudamérica a partir do Pensamento de Gramsci (Tesis de maestría). Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita, Faculdade de Ciências e Tecnologia, São Paulo, Brasil.

Bour, R. (2020). Movimientos socio-territoriales vinculados a la problemática del uso de agrotóxicos en el partido de General Pueyrredón: el caso de Paren de Fumigarnos. Prácticas y discursos sobre la relación sociedad-naturaleza (Tesis de maestría). Universidade de Buenos Aires, Faculdade de Filosofia e Letras, Buenos Aires, Argentina.

Cardona, D. V. y Sobreiro Filho, J. (2016). Os movimentos socioterritoriais: entre as classes e os movimentos populares. Revista NERA, (30), 148-168. DOI: https://doi.org/10.47946/rnera.v0i30.2963

Carneiro, F. F., Rigotto, R., Augusto, L. G., Friederich, K. y Búrigo, A. C. (2012). Dossiê ABRASCO – Um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde. Rio de Janeiro: ABRASCO. https://www.abrasco.org.br/dossieagrotoxicos/wp-content/uploads/2013/10/DossieAbrasco_2015_web.pdf

Della Porta, D. (2020). Movimentos sociais em tempos de Covid-19: outro mundo é necessário. Open Democracy. https://www.opendemocracy.net/pt/movimentos-sociais-tempos-de-covid-19-mundo-necesario/

DF: Camponesas protestam contra liberação de agrotóxicos em Brasília (11 de marzo de 2020). A Nova Democracia. https://anovademocracia.com.br/noticias/13060-df-camponesas-protestam-contra-liberacao-de-agrotoxicos-em-brasilia

Dinerstein, C., Contartese, D., Deledicque, M., Ferrero, J. P., Ghiotto, L. y Pascual, R. (2013). Movimientos sociales y autonomía colectiva. La política de la esperanza en América Latina. Buenos Aires: Capital Intelectual.

Entidades se mobilizam contra projeto que libera mais agrotóxicos no RS (7 de diciemvre de 2020b). Brasil de Fato. https://www.brasildefato.com.br/2020/12/07/entidades-se-mobilizam-contra-projeto-que-libera-mais-agrotoxicos-no-rs

Escobar, A. (2005). Depois da natureza – passos para uma Ecologia Política antiessencialista. En C. Parreira y H. Alimonda (Orgs.), Políticas Públicas Ambientais Latino- americanas (pp. 17-55). Brasilia: Abaré/Flacso.

Fernandes, B. M. (2005). Movimentos socioterritoriais e movimentos socioespaciais: contribuição teórica para uma leitura geográfica dos movimentos sociais. Revista NERA, 8(6), 24-34. DOI: https://doi.org/10.47946/rnera.v0i6.1460

Fernandes, B. M. (2019). Land grabbing for agro-extractivism in the second neoliberal phase in Brazil. Revista NERA, 22(50), 208-238. DOI: https://doi.org/10.47946/rnera.v0i50.6612

Gerson Oliveira e a árida luta para superar o agronegócio (25 de marzo de 2021). Outras Palavras. https://outraspalavras.net/videos/gerson-oliveira-a-arida-luta-para-superar-o-agronegocio/

Grisa, C. (2018). Mudanças nas políticas públicas para a agricultura familiar no Brasil: novos mediadores para velhos referenciais. Revista Raízes, 38(1), 36-50. DOI: https://doi.org/10.37370/raizes.2018.v38.37

Halvorsen, S., Fernandes, B. M. y Torres F. (2021). Movimentos socioterritoriais em perspectiva comparada. Revista NERA, 57(24), 24-53. DOI: https://doi.org/10.47946/rnera.v0i57.8639

Iamamoto, S., Lamas, I. y Empnotti, V. (2020). Apresentação do Dossiê: Diálogos contemporâneos da ecologia política, contribuições desde a América Latina. Revista de Ciências Sociais, 1(02), 13-36. DOI: https://doi.org/10.36517/rcs.2020.2.d01

Leff, E. (2006). Racionalidade ambiental: a reapropriação social da natureza. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

Leff, E. (2021). Political ecology. Deconstructing capital and territorializing life. México: Palgrave Macmillan. DOI: https://doi.org/10.1007/978-3-030-63325-7

MST lança marca de alimentos orgânicos no RS (6 de abril de 2021). Extraclasse. https://www.extraclasse.org.br/ambiente/2021/04/mst-lanca-marca-de-alimentos-organicos-no-rs

Parreira, C. y Alimonda, H. (Orgs.) (2005). Políticas públicas ambientais latino-americanas. Brasília: FLACSO y Editorial Abaré.

Pedon, N. (2009). Movimentos socioterritoriais: uma contribuição conceitual à pesquisa geográfica (Tese inéditas de doctorado). Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, Faculdade de Ciências e Tecnologia, São Paulo, Brasil.

Por que agricultores e pesquisadores defendem que agroecologia pode sanar a fome no Brasil (3 de octubre de 2021b). Brasil de Fato. https://www.brasildefato.com.br/2021/10/03/por-que-agricultores-e-pesquisadores-defendem-que-agroecologia-pode-sanar-a-fome-no-brasil#:~:text=%22A%20agroecologia%20se%20apresenta%2C%20nesse,Brasileira%20de%20Agroecologia%20(ABA)

Porto-Gonçalves, C. W. (2012). A ecologia política na América Latina: reapropriação social da natureza e reinvenção dos territórios. INTERthesis, 9(1), 16-50. DOI: https://doi.org/10.5007/1807-1384.2012v9n1p16

Quilombolas trazem vida de volta a território arrasado pela monocultura de eucalipto (1 de enero de 2021). Século Diário. https://www.seculodiario.com.br/meio-ambiente/quilombolas-trazem-vida-de-volta-a-territorio-arrasado-pela-monocultura-de-eucalipto

Rigotto, R. (2022). As tramas trabalho-ambiente-saúde nos conflitos ambientais. Palestra proferida para o Laboratório de Estudos Rurais da UFRN em 15 de junho de 2022. https://www.youtube.com/watch?v=87UFo-Imqts

Sabourin E., Craviotti, C. y Milhorance, C. (2020). The dismantling of family farming policies in Brazil and Argentina. International Review of Public Policy, 2(1), 45-67. DOI: https://doi.org/10.4000/irpp.799

Sabourin, E. (2021). Desmonte de políticas públicas de agricultura familiar e desenvolvimento rural no Brasil e no Mercosul. II Seminário Internacional Territórios Rurais, Sistemas Alimentares, Agenda 2030, Brasília. https://www.researchgate.net/publication/352880488_Desmonte_de_politicas_publicas_de_agricultura_familiar_e_desenvolvimento_rural_no_Brasil_e_no_Mercosul

Santos, A., Menezes, M., Leite, A. E. y Sauer, S. (2021). Ameaças, fragilização e desmonte de políticas e instituições indigenistas, quilombolas e ambientais no Brasil. Estudos Sociedade e Agricultura, 29(3), 669-698. DOI: https://doi.org/10.36920/esa-v29n3-7

Sem debate e com processo irregular, país pode ter trigo transgênico (09 de junho 2021). Monitor Mercantil. https://monitormercantil.com.br/sem-debate-e-com-processo-irregular-pais-pode-ter-trigo-transgenico/#:~:text=Sem%20debate%20e%20com%20processo%20irregular%2C%20pa%C3%ADs%20pode%20ter%20trigo%20transg%C3%AAnico,-Por&text=A%20Comiss%C3%A3o%20T%C3%A9cnica%20Nacional%20de,a%20comercializa%C3%A7%C3%A3o%20do%20trigo%20transg%C3%AAnico

Souza, M. L. (2020). Articulando ambiente, território e lugar: a luta por justiça ambiental e suas lições para a epistemologia e a teoria geográficas. AMBIENTES, 2(1), 16-64. DOI: https://doi.org/10.48075/amb.v2i1.25277

Svampa, M. (2010). Movimientos Sociales, matrices socio-políticos y nuevos escenarios en América Latina. One Word Perspective. Alemania: Universitat Kassel. http://biblioteca.clacso.edu.ar/Alemania/unikassel/20161117033216/pdf_1110.pdf

Svampa, M. (2012). Consenso de los commodities, giro eco-territorial y pensamiento crítico en América Latina. OSAL - Observatorio Social de América Latina, 32, 15-38.

Svampa, M. (2016). Extrativismo neodesenvolvimentista e movimentos sociais. Um giro ecoterritorial rumo a novas alternativas? En G. Dilger y J. P. F. Long (Orgs.), Descolonizar o imaginário: debates sobre pós- extrativismo e alternativas ao desenvolvimento (pp. 140-173). São Paulo: Fundação Rosa Luxemburgo.

Svampa, M. (2019). As fronteiras do neoextrativismo na América Latina: conflitos socioambientais, giro ecoterritorial e novas dependências. São Paulo: Editora Elefante. DOI: https://doi.org/10.2307/j.ctv2f9xs4v

Torres, F. (2020). Movimientos sociales e institucionalización: la especificidad de los movimientos socioterritoriales. Punto Sur, 3, 109-130. DOI: https://doi.org/10.34096/ps.n3.9700

Zibechi, R. (2003). Los movimientos sociales latinoamericanos: tendencias y desafíos. Observatorio Social de América Latina, 9, 185-188. http://osal.clacso.org/espanol/html/frevista.html

Zibechi, R. (2007). Autonomías y emancipaciones. América Latina en movimiento. Puebla: Universidad Nacional Mayor de San Marcos, Fondo Editorial de la Facultad de Ciencias Sociales.